sábado, 21 de janeiro de 2012

Dom Quixote... E eu!

Gostaria de compartilhar com você, leitor, a experiência maravilhosa que estou vivenciando ao ler o livro Dom Quixote, de Cervantes.


Quando ganhei a obra fiquei deslumbrante, pois havia muito que queria lê-la. No entanto, tinha receio de não compreender a linguagem rebuscada, característica, pois a obra fora publicada inicialmente em 1605. Ao mesmo tempo, não queria ler uma versão “simplificada”, de vocabulário, provavelmente, empobrecido. Queria ter acesso a uma tradução de excelente qualidade, como a da Editora 34, a qual ganhei. Então, diante disso, que fazer? Oras... Ler! E foi o que fiz.

Como um cavaleiro andante que se aventura por terras desconhecidas, assim me arrisquei. No início, confesso, achei que não fosse conseguir passar da página dez, mas depois, a cada linha lida, a cada página virada, sentia-me mais íntima de Dom Quixote de La Mancha e seu fiel e tagarela escudeiro, Sancho Pança.

Ria. Imaginava. Refletia. Sentia tristeza. E ria novamente com as trapalhadas e desventuras de nossos amigos ao passo que, conforme o fim do livro ia se aproximando, desacelerei a leitura. Isso porque parece que a saudade dos episódios lidos (alguns engraçadíssimos, diga-se de passagem) aperta o peito. Ainda não concluí a leitura, mas sinto-me como uma criança que vai chegando ao final do pacote de salgadinho e desacelera a comilança para, simplesmente, se deliciar e espaçar um pouco o final.

Deleito-me ainda a cada página e surpreendo-me com o Cavaleiro da Triste Figura  (o Dom Quixote), cujos miolos se lhe secaram de tanto ler livros de cavalarias, e a quem o escudeiro Sancho Pança, medroso, falador, analfabeto e de imenso coração, prova tamanha fidelidade.

Fecho o livro. Dom Quixote e Sancho calam-se, mas estão sempre ali, prontos, esperando o momento de eu reabrir o livro para que eles continuem a compartilhar suas aventuras e alegrias.

Este é, sem sombra de dúvidas, O LIVRO! Fiódor Dostoiévski o recomendou e creio ser um dos melhores já escritos por todos esses séculos de literaturas produzidas. É emocionante, divertido e encantador. Independente da idade que você tenha hoje, se ainda não o leu não se envergonhe. Presenteie-se com a possibilidade de ter contato com uma leitura inesquecível!

Até a próxima.

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